Norma Bengell

Norma Bengell teve uma vasta experiência artística. Atriz de pouco destaque na atualidade, mas sempre relevante, atravessou as décadas como uma das mais bem-sucedidas artistas do país, tendo atuado, dirigido, e assumido posições políticas sempre na vanguarda de sua época.

Desde o começo como manequim na Casa Canadá, os filmes italianos com o renomado diretor Alberto Lattuada, o affair com o ator Alain Delon, os filmes em parceria com Oscarito, em O Homem do Sputnik, a participação em Cannes, com o elenco de O Pagador de Promessas, até suas contribuições na bossa nova e nas revoluções de 1968. Mostram o quão importante Norma foi para o cinema nacional e para a classe artística, e também foi responsável pelo primeiro nu frontal da história do cinema nacional, em Os Cafajestes, por conta do regime se exilou na França, e lá teve diversas atuações aclamadas no Théâtre National Populaire e em seguida a condecoração pelo então presidente do país, François Mitterrand.

Norma foi um ícone, representou todos os papéis que uma personalidade pode ter, literal e figurativamente. A autobiografia da artista, publicada postumamente, conta todos os momentos que a atriz viveu, suas glórias e decepções, incluindo a importante contribuição para o cinema nacional, tanto como diretora do filme Eternamente Pagu, sobre a militante feminista e uma das mais importantes (e também injustamente desconhecidas) intelectuais brasileiras, quanto com sua participação na retomada do cinema brasileiro nos anos 1990, intermediando diretamente com os presidentes Collor e Itamar Franco por apoio financeiro e pela aprovação da Lei Rouanet. Foi Atriz, dançarina, militante, musa, símbolo sexual, diretora, condecorada, pioneira, Norma foi tudo, e a única coisa que nunca poderá ser é esquecida.

Sobre a autora

Norma Bengell teve uma vasta experiência artística. Atravessou as décadas como uma das mais bem-sucedidas artistas do país, tendo atuado, dirigido, e assumido posições políticas sempre na vanguarda de sua época.